Ontem
estava a olhar meu caderno e encontrei estas anotações acerca de uma passagem
que havia já explicado em vídeo.
Detalhe
estas anotações são posteriores ao vídeo mas ao mesmo tempo são bem antigas
porém creio que ainda não as publiquei, assim colocar-lhas-ei cá neste post.
O
camelo representa o pecador impuro que faz
toda sorte de coisas abomináveis a Deus.
A
agulha simboliza o caminho estreito ou a
purificação necessária para a pessoa pecadora impura santificar-se.
O
jovem rico representa aquela pessoa muito
virtuosa que ama a Deus, faz orações bonitas, está sempre na igreja, respeita o
próximo, procura sempre estudar sobre Deus e evita o pecado antes mesmo de ser
tentada pois é grata a Deus por ter “abençoado” a sua vida.
Assim
pecar e fazer coisas erradas seria “arriscar” perder a sua fortuna e segurança
na vida por haver desagradado a Deus.
Assim
Deus para ele era o Pai que dá tudo que a pessoa deseja contanto que o filho
seja uma pessoa boa e siga o que é certo.
Por
isso o jovem rico respondeu que já guardava os mandamentos desde criança.
Ao
dizer que ele deveria deixar os bens que tinha aos pobres, ele saiu triste pois
era muito rico.
Na
verdade Jesus destruir a imagem de Deus que o jovem rico tinha pois ele pensava
que Deus queria uma vida feliz para seus servos e quanto mais riquezas mais fé
ele teria pois mais motivos para
agradecer a Deus.
Perder
o dinheiro, ele perderia a motivação para observar os mandamentos.
Basicamente
ele é o oposto do Jó, apesar de parecerem iguais eles possuem uma diferença
fundamental.
Para
o Jovem Rico Deus garante a segurança.
Para
o Jó tudo é de Deus, se ele deu pode tirar.
Ou
seja, o jovem rico era aquilo que o inimigo alegou que Jó fosse.
Ou
seja, só servia a Deus porque teve uma vida boa.
Lembrando
que a riqueza ai não necessariamente é dinheiro, pode ser um dom de Deus como
facilidade para estudar, pais amorosos, infância sem sofrimentos, vida sem
preocupações...
Enfim:
Exemplificando:
Uma
pessoa que cresceu indo à missa constantemente, empenhando-se na catequese,
fazendo curso bíblico, lendo vários livros, mesmo estudando em escolas públicas
procurou valorizar o ensino e estudar muito em casa, tem pais amorosos, pensa
sempre no que tem e não no que falta, é vista como uma pessoa de conhecimento,
nunca provou álcool ou drogas sempre rejeitando sem sequer dar chance de
experimentar as tentações, consegue elaborar orações bonitas e bem
fundamentadas bem como sabe explicar várias coisas religiosas.
É
óbvio que essa pessoa vai querer agradecer a Deus essa bênção como forma de
garantir que não acabe.
Esse
seria o jovem rico, no caso o jovem com vida abençoada, ou seja, não sofrida.
Foi
isso que o inimigo alegou a Deus de Jó.
Ou
seja, Jesus está querendo mostrar que o pecador completamente errado é mais
fácil se purificar e entrar no céu do que aqueles virtuosos que fazem tudo
certo por não haverem sofrido na vida. (Já eu autor discordo fortemente disso)
Ou
seja, que pensam em Deus como um super-herói de desenho.
Essa
passagem é usada por alguns cristãos contra os budistas que tentam viver a
santidade a todo custo e outras religiões que colocam como forma de salvação
ser uma pessoa boa, pura, santa etc.
E
para defender cristãos “pecadores”.
Outra
coisa curiosa é que o jovem rico chamou Jesus de “Bom Mestre” pois para ele era
fundamental para trilhar o caminho de Deus ser alguém bom.
Mas
a resposta “Por que me chamais bom? Só Deus é bom! Não foi muito adequada
porque na linha de pensamento dele, para ser de Deus necessariamente a pessoa
precisa ser boa, ou seja, é a mesma ideia do budismo, espiritismo kardecista,
Wicca, gnosticismo e toda sorte de movimentos filosóficos-religiosos em que se
prega que se deve ser bom e imitar o exemplo de pureza e virtudes de Deus, é aquela
história de que somos mini deuses em treinamento.
O
evangelista quer quebrar essa ideia do homem querer ser deus ou querer amar a
Deus apenas para ter uma vida boa.
Uma
vez eu li um cartaz no fórum com “A Receita para o Filho ser um Criminoso” que
era dar tudo fácil para ele.
Eu
discordo completamente pois se ele tem realmente tudo fácil, ele vai achar
muito “esforço” cometer crimes e isso também fará com que ele seja alguém bom e
“de Deus” como o jovem rico para agradecer a bênção.
Por
outro lado as pessoas pensam que quem tem uma vida sofrida vai ser uma pessoa
boa.
Isso
depende:
Se
ela for como o Jó sim
Mas
se ela for como o jovem rico vai acabar blasfemando, cometendo crimes e jogando
a culpa em Deus de ter prejudicado a sua vida.
Essa
parábola é coligada à do rico e o Lázaro:
É
interessante que o rico não tem nome já o pobre tem.
O
Lázaro desejava matar a fome com as migalhas mas nem isso lhe davam ( mas não
informa se ele pedia, nem se ele era arrogante, bondoso enfim não fala nada de
sua personalidade).
Já
o rico tem a personalidade bem delineada, ele aparentemente é alguém de bem que
não tem empatia, ou seja, ele não negaria a comida ao Lázaro se ele pedisse mas
se não pedisse ele nem pensaria que ele estava com fome, e outro detalhe
importante é que lá no “tormento” o rico fala ao pai Abraão mandar “o Lázaro”,
ou seja, o rico sabe o nome do pobre e o conhece a tal ponto de lembrar-lhe o
nome. Se ele realmente fosse mal não lembraria.
Basicamente
o evangelista quer mostrar que o caminho é de sofrimento, tortuoso, duro,
áspero etc.
Desconstituindo
a ideia de que o caminho estreito de Deus é de alegria e fácil (Basicamente
quem vê o caminho estreito assim é aquele que vê o pecado como uma ratoeira em
que o queijo faz com que o rato perca a liberdade e o torne prisioneiro já Deus
seria o libertador que impede e ajuda a evitar cair nessas ratoeiras pela
abstinência do pecado (queijo).
Assim
essa foi a minha reflexão que obtive como resposta ao vídeo que vos deixo o
enlace abaixo.
explicação da passagem biblica que trata do rico, o camelo e a agulha
Basicamente
é como se após eu haver tentado explicar eu sentisse em meu interior a
explicação correta e a escrevi, todavia pelo seu conteúdo bastante “divergente”
do que eu acredito resolvi deixar guardada na época, todavia hoje creio que
seja hora de a revelar afinal cada um deve decidir por si só em que acreditar e
esta é uma reflexão bastante coerente e toca em pontos controversos dando uma
explicação bem mais plausível e aplicável à atualidade que aquela que dei no vídeo.
(Mas convenhamos que é muito mais legal a do vídeo mesmo).
Eu
particularmente penso que o caminho para Deus é o caminho de pétalas de rosa
onde pela abstinência do pecado se pode ter uma vida tranquila com Deus guiando
nossas atitudes e virtudes de forma a sermos felizes com o que temos e que seus
ensinamentos são um modo de vida para obter o Reino dos Céus aqui na Terra que
é quando vivemos seus ensinamentos e somos aquelas pessoas que nascemos para
ser: bondosas, de paz , que perdoa enfim...
E
que o sofrimento muitas vezes se torna um empecilho para tal mister.
Mas
ai vai de cada um, podes concordar comigo, com o evangelista ou mesmo criar tua
própria perspectiva mas uma coisa é certa estamos aqui na Terra por algum
propósito e aprendemos muito com nossa vida aqui.
A vida é uma escola
onde cada acontecimento é uma lição e cada sofrimento é um teste surpresa para
saber se estamos realmente a aprender as lições e a estudar nossas condutas
passadas e presentes.